quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Fear; 14º capitulo



Fiquei algum tempo espantada a olhar para ele que não me lembrei de o ir desamarrar, corri então para o fazer mas não conseguia as cordas eram demasiado fortes, então pedi-lhe q esperasse, apressei-me então  a ir buscar uma faca á cozinha. Quando cheguei á cave deparei-me com o meu padrasto a leva-lo para dentro de uma carrinha, mal o meu padrasto se sentou nela, corri para a parte de trás da carrinha onde se encontrava o tal rapaz e entrei. Estava muito escuro la dentro não conseguia vê-lo. Apresentei-me e perguntei-lhe como se chamava.
- Peter, mas prefiro que me chamem Pete.
  Ele era tão querido, tao transparente, tao genuíno.
  Ficámos á conversa durante toda a viagem, contei-lhe tudo o que se estava a passar, e ele também, mais uma vez deparo-me com uma historia igual á minha.
  A carrinha parou e nós calamo-nos, aproveitei para ver onde estávamos. Estávamos em minha casa

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Fear; 13º capitulo



19 de dezembro

Estavamos perto do dia de natal ( hoje ), eu e o cristopher ficamos em casa enquanto a Beat e o Eric foram comprar comida para o jantar.
  As horas passavam e para além da fome, estávamos cada vez mais preocupados, então o Cris decidiu ir procura-los. Eu fiquei em casa a fazer as camas e a pôr a mesa.
“Tic tac ; Tic tac” o som incomodativo do relógio torna-se muito mais incomodo quando se desespera por algo. Já era muito tarde e nenhum dos três chegava, então deitei-me no sofá para descansar um pouco enquanto esperava. Acabei por adormecer e quando acordei já eram seis da manha. Procurei-os por toda a casa, exepto na cave, esse sitio recordava-me os últimos 10 anos da minha vida, o desaparecimento do meu irmão, a morte dos meus pais, os cortes, o meu padrasto e a solidão em que vivia. Desci as escadas , e antes de entrar acendi uma vela , estava muito escuro ali. De facto nenhum dos 3 se encontrava ali. Sentado numa cadeira estava um rapaz amarrado, era tao bonito, moreno , olhos azuis acinzentados, e lábios de cor clara, era realmente lindíssimo.

(ps: peço imensa desculpa por nao ter escrito durante algum tempo. beijo, joana.)

domingo, 12 de agosto de 2012

Fear; 12º capitulo


Tinha 18 anos, feitos no dia anterior, com tudo aquilo que se estava a passar, ninguém se lembrou, nem mesmo eu.
  Dias depois de toda aquela felicidade do reencontro, deparo-me com uma surpresa ao entrar no quarto, era então um mini bolo, feito pelos três, não dava sequer para uma pessoa, tinha mau aspeto, e provavelmente ninguém se atreveria a prova-lo, mas “o que conta é a intenção” e eu apreciei o facto de se terem lembrado.
  Não houveram prendas, expeto um colar dado ao meu irmão pelos meus pais com a fotografia da família reunida. O colar era velho, enferrujado, nojento, e a fotografia não era muito bem visível, mas era tao importante para mim ter uma única recordação da minha família. Então, esse colar acompanhou-me até hoje, e nos piores momentos, em que o que mais queria era desistir, valia a pena pela minha família, eles com certeza não queriam que eu fraquejasse

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Fear; 11º capitulo


Abrimos a porta que dava para a cave e descemos as escadas mais estranhas de sempre, eram velhas e sujas. Era escuro e não se via nada, só duas pessoas amarradas a uma cadeira, foi aí que eu vi, foi aí que vi tudo o que queria ver desde á 10 anos, foi aí que vi a pessoa mais importante da minha vida, o meu irmão, Christopher. E ao lado o irmão da Beat, Eric. Corremos para os abraçar, foi a melhor sensação da minha vida. Eles diziam-nos para irmos embora, mas nos não o podíamos fazer, então desamarramos os dois, foi então que eles nos contaram tudo o que se passava naquele sitio tao sombrio. O meu padrasto matava pessoas, em locais estranhos , na banheira, numa arvore, na piscina, e tirava fotos, talvez tivesse uma doença, talvez fosse por gosto, a verdade é que era doloroso, para todos.
  Eu e a Beat seriamos as próximas vitimas a seguir a eles, o que nos amedrontou ainda mais.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Fear; 10º capitulo


De manha enquanto me vestia, a beat reparou nos meus cortes, rapidamente inventei uma desculpa, ela não acreditou, de seguida tirou a camisola e mostrou-me q também tinha cortes. Senti-me feliz por saber q não era a única. Foi então que ela me agarrou no braço e suplicou que parasse. Disse-me q se arrependeu para o resto da vida de alguma vez se ter automutilado. Então eu parei.
  Todas as noites ouvíamos barulhos vindos do chão, por vezes gritos.
  A Beat quis descobrir se os barulhos vinham da cave, mas eu não queria, tinha bastante medo. Mas não a podia deixar ir sozinha e fui, independentemente dos meus medos e dos riscos q corria, era minha amiga, e não a podia deixar sozinha numa situação daquelas.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Fear; 9º capitulo




 
Já eram 9 e meia da manha e fui ver se havia comida na cozinha, a verdade é q estava a morrer de medo, o sangue que lá havia arrepiava-me, mas tinha fome e obtei por ir, tinha comida, mas pouca. Voltei para o quarto, quando vejo uma rapariga ao fim do corredor, ela parecia assustada, e eu ali sem saber o que fazer. Fui ter com ela, dei-lhe a mão e trouxe-a para o quarto, sentamo-nos na cama e ela contou-me a sua história. Fiquei surpreendida pelo facto da nossa historia ser igual. Então tudo o que era estranho tornou-se muito mais estranho. Ela parecia ser simpática, fiquei feliz por saber que poderia falar com alguém. Os dias foram passando e cada vez eramos mais unidas, o nome dela era Beatrice, mas eu chamava-lhe beat. Ela era tao forte, tao corajosa, foi o meu suporte durante imenso tempo.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Fear; 8º capitulo


A noite sempre foi o meu ponto fraco , com ela voltam todas as memorias, as más memórias. E se eu ficasse para sempre sozinha ? E se eu não encontrasse o meu irmão ? Eu queria respostas .
  Enquanto isso permanecia sozinha, sentada na cama e a cortar-me. Sentia-me vulnerável aquela lamina, apesar de saber que sem mim ela seria inofensiva. Eu estava a matar-me aos poucos.
Decidi dormir naquele quarto essa noite. Apesar de todas as coisas estranhas daquela casa eu não tinha sitio para onde ir e optei por ficar.
  Eram 6 da manha quando acordei com um barulho vindo de baixo do chão, acendi o candeeiro e nada parecia estremecer ou algo do género . Então olhei para debaixo da cama e encontrei uma argola, quis afastar a cama mas a minha força parecia ser insuficiente para a mover. Mas não desisti , apos 3 horas , consegui afasta-la , descobri então que era uma espécie de porta que devia ir dar para a cave.

domingo, 5 de agosto de 2012

Fear; 7º capitulo



Encontrei uma casa , era velha , muito velha até. Era sombria e fria, confesso que estava com algum medo, mas entrei. Havia uma porta enorme, ao abri-la a porta rangea e suava o seu eco por toda a casa. Entrei , e a cada passo que dava a madeira do chão rangia.
  Na rua estava frio, mas dentro daquela casa ainda mais frio eu sentia, talvez por estar sozinha, talvez por ser de noite. Gritei :
- Olaa!
Ninguém respondeu, ou seja, estava por minha conta. O que tornou tudo ainda mais arrepiante.
   Andei pela casa, a cozinha tinha louças partidas no chão, em cima da bancada haviam facas com um estranho liquido vermelho, os moveis estavam salpicados com o mesmo, eu não queria acreditar que aquilo fosse sangue. A minha reação foi sair imediatamente daquela casa , mas eu precisava de um sitio onde ficar , e permaneci lá. Cada vez tudo se tornava mais estranho , cada vez eu tinha mais medo.
Haviam imensos quartos, em cima de cada porta estavam escritos nomes, li todos e encontrei um com o nome do meu irmão ; Christopher.
  Entrei.
  Era enorme, arrumei as minhas coisas e sentei-me na cama . Estava sozinha não sabia o que fazer, eu não podia fugir para o resto da minha vida, eu queria respostas.

sábado, 4 de agosto de 2012

Fear; 6º capitulo

 

Decidi não ir á escola, mais uma falta não faria diferença. Abri a carta. Havia apena um numero de telefone, pensei que fosse engano ou algo do género, mas liguei. Liguei mas ninguém atendeu. Passado uma hora ligam-me do mesmo numero, eu atendi.- Estou ? Do outro lado ninguém falava , mas eu conseguia ouvir respirações.
  - Falem ou desligo!
Ouvi um gaguejar, eu conhecia aquela voz. Entao percebi quem era.
  Os meus olhos encheram-se de lágrimas, eu não conseguia falar .- Foge!Desligaram. Passavam 10 anos mas eu nunca me esqueci da voz do meu irmão. Fugir? Para onde ? Se eu saísse dali seria vigiada 24 horas por dia , mas eu confiava no meu irmão. Agarrei em tudo o que tinha de valor , e fugi . Fugi sem destino algum, nao sabia nem fazia uma mera ideia do que seria o meu futuro dali para a frente .
Andei imensos dias á procura de um sitio onde ficar, mas sempre em vão, ninguém me aceitava , pedia boleia , ninguém parava. Entao decidi dormir na rua , não para sempre , mas enquanto não encontrava sitio onde ficar. Era tudo muito estranho, eu era estranha.